Instagram remove página que atacava a vereadora Eliane Turini após denúncias sobre o Hospital Padre Olívio

A plataforma Meta (Facebook Serviços Online do Brasil Ltda) retirou do ar uma página no Instagram criada para difamar a vereadora Eliane Turini (PSB), de Vargem Alta, logo após ela denunciar irregularidades no Hospital Padre Olívio (HPO).

A Meta é a empresa que administra as redes sociais Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger, e deve cumprir determinações judiciais de remoção de conteúdos ilegais, caluniosos ou difamatórios, garantindo a proteção da imagem de pessoas públicas.

Justiça determina suspensão do perfil difamatório

A Justiça deferiu tutela de urgência, determinando que a Meta suspendesse, em até 48 horas, a atividade do perfil “es_newsbr”, responsável pela publicação de conteúdos caluniosos contra a parlamentar.

Além disso, a empresa deve fornecer, em até 15 dias, todas as informações cadastrais e de conexão do perfil — incluindo nomes anteriores, login, e-mails, telefones, endereços IP e dados do provedor de internet — para identificar os responsáveis. Foi fixada multa diária de R$ 1.000,00 em caso de descumprimento.

A página foi criada poucos dias depois que Eliane levou à tribuna da Câmara Municipal denúncias sobre o HPO, que estaria recusando atendimento a pacientes encaminhados pelo SAMU 192, mesmo recebendo cerca de R$ 3,5 milhões por ano em recursos públicos municipais.

Conteúdo tinha caráter de ataque

Segundo informações do Instagram, a página já havia mudado de nome em outras duas ocasiões. Na versão final, passou a publicar principalmente notícias atuais misturadas com conteúdos antigos de outros veículos de imprensa, com o objetivo claro de prejudicar a imagem da vereadora.

Eliane Turini comentou sobre a intenção da página:

“O que fiz foi dar voz às reclamações da população. Recebi denúncias de pacientes que estavam tendo atendimento recusado e precisando comprar o próprio soro para receber medicação, e levei o tema a público para buscar soluções. A reação dos atuais responsáveis pelo hospital foi totalmente desproporcional.”

Justiça negou liminar contra a vereadora

Após os questionamentos feitos por Eliane, a diretoria do HPO entrou com ação judicial solicitando a remoção de conteúdos publicados nas redes sociais da vereadora, retratação pública e a interrupção das denúncias nas sessões da Câmara. A Justiça, no entanto, negou o pedido, garantindo o direito da parlamentar de se manifestar sobre irregularidades na instituição.

Poucos dias depois, a página começou a publicar ataques contra a vereadora:

“Coincidentemente, na mesma semana em que a Justiça me deu razão, surgiu uma página dedicada a atacar a minha pessoa, com notícias antigas e fora de contexto, que falava de um processo do qual eu tenho uma liminar favorável, buscando enganar as pessoas para acreditarem que eu tinha cometido algum crime. Foi uma clara tentativa de intimidação.”

Vereadora reafirma compromisso com a população

Para Eliane, o episódio evidencia a resistência dos atuais dirigentes do HPO à transparência e à fiscalização:

“Se tentaram me calar, conseguiram o efeito contrário. Essa perseguição só reforçou a minha determinação em investigar mais a fundo outras possíveis irregularidades e em lutar pela saúde da população de Vargem Alta. O que encontrei em documentos públicos me deixou perplexa e me motivou a propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CEI) para investigar a fundo o destino do dinheiro dos impostos do povo de Vargem Alta, que está circulando entre empresas e pessoas ligadas à família que hoje controla o HPO.”

Com a decisão judicial e a ação da Meta, a página foi removida do Instagram, encerrando a campanha de difamação contra a vereadora. O texto da decisão reforça que a liberdade de expressão não é absoluta e deve ser exercida com respeito à honra, à dignidade e à imagem das pessoas, garantindo a proteção dos direitos fundamentais da parlamentar.

Assista às denúncias da vereadora Eliane Turini na Câmara Municipal de Vargem Alta:

 

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